
Divulgação (Foto: reprodução)
Após caso
de racismo, MP recomenda que Anchieta adote medidas antirracistas ainda neste
ano
De acordo com
recomendação, a instituição tem 60 dias para apresentar o cronograma do
programa de combate ao racismo institucional
O Colégio Anchieta deverá adotar medidas de combate ao racismo
institucional e realizar, ainda neste ano, ações para implementar, de maneira
ampla e eficaz, a Lei nº 10.639/2003. As ações fazem parte de uma recomendação
do Ministério Público Estadual, encaminhada ao colégio no último dia 22, após
caso de racismo.
A promotora de Justiça Lívia Sant'Anna Vaz solicitou que, no
prazo de 60 dias, o colégio apresente o cronograma do programa de combate ao
racismo institucional, que deverá ser iniciado ainda neste ano de 2024. Em nota
enviada ao Metro1, o MP explica
que a recomendação foi expedida após chegar ao Ministério Público notícia de
caso de racismo na escola. O MP ainda esclareceu que a recomendação é um
documento extrajudicial de orientação e visa que a escola tome medidas
preventivas antirracistas e implemente protocolo de atuação para ser executado
diante de eventuais novos casos.
A recomendação é para que o programa contemple a formação dos
profissionais de educação – inclusive professores, recepcionistas, porteiros,
merendeiras e seguranças – para as relações étnico-raciais; e disponibilize
material didático para orientação dos professores sobre como inserir
essa temática em suas disciplinas. Além disso, o MP orienta que o colégio
distribua material informativo e educativo sobre combate ao racismo e
promoção da igualdade racial e realize palestras ou seminários para
os estudantes.
O MP também solicita que, nos próximos 60 dias, o
colégio apresenta ao órgão um Plano Político Pedagógico para o
ano letivo de 2024, que contemple a eficaz implementação da Lei nº 10.639/2003.
Para isso, explica Lívia Vaz, deve-se observar que essas ações exigem
habitualidade e perpetuidade e, portanto, não podem se restringir a atividades
relativas ao Dia Nacional da Consciência Negra ou a outras datas
comemorativas.
Além disso, a recomendação do MP solicita que os conteúdos
referentes à história da população negra no Brasil sejam ministrados no âmbito
de todo o currículo escolar e que a lista do material didático utilizado seja
enviada ao órgão.