
divulgação (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)
Margareth Menezes defende regulamentação do streaming e nega
“taxação”
Ministra afirma que medida visa equilíbrio no setor audiovisual,
com contribuição semelhante à de TVs e operadoras
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, afirmou nesta
segunda-feira (9) que o governo não trata como “taxação” a proposta de cobrança
sobre plataformas de streaming. Segundo ela, o objetivo é regulamentar o setor
digital, que ainda não contribui com o financiamento do audiovisual nacional.
“Não existe taxação de streaming, essa palavra taxação o governo
não falou, ministério não falou, nem eu falei. O que existe é regulamentação”,
disse em vídeo publicado nas redes sociais.
A fala veio após repercussão de entrevista ao UOL, em que a
ministra apoia o projeto de lei que prevê cobrança de até 6% da receita bruta
das plataformas, com possibilidade de abatimento para quem investir em produção
nacional.
O Ministério da Cultura apoia o texto substitutivo da deputada
Jandira Feghali (PCdoB), que também estabelece uma cota de 10% de conteúdo
nacional nos catálogos. A medida alimentaria o Fundo Setorial do Audiovisual,
gerido pela Ancine. “As plataformas de streaming ainda não fazem sua
contribuição. E isso está acontecendo no mundo inteiro. Vai ser bom para todo
mundo. O que é combinado não sai caro”, completou a ministra.
Além do projeto, o governo prepara o lançamento da Tela Brasil —
plataforma pública de streaming com catálogo 100% nacional — e a retomada de
editais regionais. A expectativa é que o PL seja votado até o fim de 2025.