
divulgação (Foto: Reprodução / Pixabay)
Levantamento feito pelo Instituto Escolhas
aponta indícios de ilegalidade na venda de mais de 200 toneladas de ouro
extraído no país durante entre 2015 e 2020. Segundo o instituto, cinco empresas
concentraram um terço desse montante.
O
instituto pede ações do governo para reforçar a fiscalização sobre o setor e
maior participação dos países importadores no rastreamento da origem do ouro
comprado no Brasil. "Hoje, o controle de comercialização de ouro é muito
falho", diz a gerente de Portfólio do Escolhas, Larissa Rodrigues.
Com base em análise de mais de 40 mil registros de
comercialização de ouro, informações sobre processos minerários e imagens de
satélite, o instituto estima que 229 toneladas de ouro vendidas no país durante
os seis anos pesquisados têm indícios de irregularidades.
O volume equivale a metade da produção nacional de ouro no
período. O número, diz Rodrigues, pode ser ainda maior, já que o rastreamento
considerou apenas um dos códigos de exportação de ouro usados pela Receita
Federal, aquele que se refere ao mineral bruto, sem considerar outros produtos
e agregados.
Mais da metade do volume de ouro considerado suspeito pelo
instituto foi produzido na Amazônia, principalmente no Mato Grosso e no Pará.