
Divulgação (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)
STF decide manter caso de Roberto Jefferson após relação com 8/1
Moraes destacou que após as incitações do crime de Jefferson
houve a vandalização às sedes dos Três Poderes
O Supremo Tribunal Federal (STF) votou em maioria para manter o
caso de Roberto Jefferson, acusado de crimes contra a segurança nacional, sob
competência da Corte, alegando que as incitações feitas pelo ex-deputado têm
relação com os atos golpistas do 8 de janeiro, cuja investigação é sua
alçada.
Desde o dia 14 o
plenário, esteve em sessão virtual julgando a questão de ordem. Alexandre
de Moraes, relator da tese e responsável pelo Supremo, reanalisou o assunto porque
os ministros haviam decidido, em 2022, que os autos deveriam ser encaminhados à
Justiça Federal do Distrito Federal.
Assim como a PGR,
Moraes disse que surgiram novos elementos que justificavam a revisão,
com fatos relacionados à invasão dos Três Poderes. No voto, o relator
sustentou que, após o plenário votar pelo declínio da competência, Jefferson
ofendeu Cármen Lúcia, que foi comparada a uma “prostituta”. O TRE-SP não
condenou o ex-presidente do PTB pelo caso.
Moraes destacou que
após as incitações pelo crime de Jefferson, com “ataques às
instituições do Estado Democrático de Direito”, houve a vandalização às sedes
dos Três Poderes.
Diz seu voto:
“Assim, a extensão e
consequências das condutas imputadas ao denunciado são objetos de diversos
procedimentos em trâmite neste SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL direcionados a
descobrir a autoria dos financiadores e dos incitadores, inclusive autoridades
públicas, entre eles àqueles detentores de prerrogativa de foro, notadamente no
âmbito de extensa associação criminosa”.
Até o momento, os ministros que acompanharam o relator foram
Flávio Dino, Cristiano Zanin, Edson Fachin, Dias Toffoli e Gilmar Mendes.