
Divulgação (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)
CNJ fará mutirão carcerário para reavaliar casos de presos por
porte de maconha
Decisão do STF definiu em até 40g a quantidade da droga para
diferenciar usuário de traficante
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) informou nesta quinta-feira
(27) que vai realizar mutirões carcerários para cumprir a decisão do Supremo
Tribunal Federal (STF) que descriminalizou o porte de maconha para uso
pessoal. No país, há pelo menos 6,3 mil processos que envolvem o porte de
maconha. As ações estavam suspensas e aguardavam a decisão do STF sobre a
descriminalização.
O CNJ é chefiado pelo presidente do Supremo, Luís Roberto
Barroso. Na quarta-feira (26), o Supremo reconheceu a quantidade de 40 gramas
para diferenciar usuários e traficantes e garantiu que usuários não podem ser
presos. Durante o julgamento, o STF determinou que o conselho estabeleça os
parâmetros para o cumprimento da decisão, que passará a ser cumprida após o órgão
ser notificado.
A decisão do Supremo não legaliza o porte de maconha. O porte
para uso pessoal continua como comportamento ilícito, ou seja, permanece
proibido fumar a droga em local público, mas as consequências passam a ter
natureza administrativa, e não criminal.