
divulgação (Foto: STJ)
STJ condena três desembargadores do TRT-1 por
esquema de corrupção e propina
De acordo com Superior Tribunal de Justiça, magistrados usavam pagamento
de honorários para disfarçar recebimento de propina ...
O STJ (Superior Tribunal de Justiça)
condenou Marcos Pinto da Cruz, José da Fonseca Martins Junior e Fernando
Antonio Zorzenon da Silva por participação de grupo criminoso que teria
recebido propina para incluir empresas e organizações sociais (OSs) no Plano
Especial de Execução da Justiça do Trabalho no Rio de Janeiro. Eles exercem a
função de desembargadores do TRT-1 (Tribunal Regional do Trabalho da 1ª
Região). Outro magistrado, que também era investigado, foi absolvido.
Os réus foram condenados por
associação criminosa, peculato, corrupção passiva e ativa e lavagem de
dinheiro. Além disso, os 3 magistrados perderão o cargo público. Segundo o STJ,
todos os 4 envolvidos seguem afastados do Tribunal. A investigação do MPF
(Ministério Público Federal) apontou que a propina era paga por meio de
escritórios de advocacia indicados pelos acusados. O esquema beneficiava
organizações sociais e empresas com dívidas trabalhistas e créditos a receber
do governo do Estado do Rio de Janeiro.
“O esquema criminoso, somente
nesse caso, permitiria o desvio de R$ 5.647.231,80, em trinta parcelas de R$
188.241,06, sendo que, ao menos, R$ 752.964,24 foram efetivamente desviados,
com pagamentos feitos até poucos dias antes da deflagração da Operação Tris in
Idem”, diz a denúncia.
Marcos
Pinto da Cruz recebeu pena de 20 anos e 3 meses de reclusão, em regime inicial
fechado, mais 54 dias-multa. Para José da Fonseca Martins Junior, foram 16 anos
e 3 meses e 48 dias-multa e para Fernando Antonio Zorzenon da Silva, 10 anos e
5 meses de prisão, mais 1 salário mínimo de multa – ambos chegaram a presidir o
TRT-1.