
divulgação (Foto: Reprodução TV Brasil)
Bolsonaro
diz que Brasil e o mundo não aguentam um novo lockdown
Presidente repete o mesmo discurso que mantém desde o início da
pandemia, diante da ameaça de nova variante
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta
sexta-feira (26) que o Brasil e o mundo não aguentam um novo lockdown, ao
comentar sobre a possibilidade da chegada de uma nova variante da Covid-19,
como está sendo cogitada com a cepa surgida na África do Sul e que tem se
espalhado por outros países.
É
o mesmo discurso desde o início da pandemia. “Tudo pode acontecer. Uma nova
variante, um novo vírus. Temos que nos preparar. O Brasil, o mundo, não aguenta
um novo lockdown. Vai condenar todo mundo à miséria e a miséria leva à morte
também. Não adianta se apavorar. Encarar a realidade. O lockdown não foi uma
medida apropriada. Em consequência da política do 'fique em casa e a economia a
gente vê depois', a gente está vendo agora. Problemas estamos tendo”, disse
Bolsonaro.
Sobre
a possibilidade de fechar fronteiras, o presidente disse que não tomará nenhuma
medida irracional. Também disse que não tem ingerência sobre a realização de
festas de carnaval, que são afeitas aos níveis estaduais e municipais de
governo.
“Eu
vou tomar medidas racionais. Carnaval, por exemplo, eu não vou pro carnaval. A
decisão cabe a governadores e prefeitos. Eu não tenho comando no combate à
pandemia. A decisão foi dada, pelo STF, a governadores e prefeitos. Eu fiz a
minha parte no ano passado e continuo fazendo. Recursos, material, pessoal,
questões emergenciais, como oxigênio lá em Manaus”, disse Bolsonaro,
contrariando o que os ministros do STF já se manifestaram, afirmando que a
autonomia dos estados e municípios não retiram a obrigação do governo federal
de coordenar as ações de combate à pandemia.
Sobre
a aprovação do projeto de lei que limita o pagamento dos precatórios -
dívidas públicas com ordem judicial de pagamento -, a maioria com muitos anos
de atraso, Bolsonaro frisou que não prejudicará os mais pobres.
“Dívidas
de até R$ 600 mil, nós vamos pagar. Nenhum pobre, que há 20, 30, 40 anos tem
dinheiro para receber, vai ficar sem receber. Agora, quem tem para receber mais
de R$ 600 mil, e só Deus sabe como aparece esse precatório, nós vamos parcelar
isso daí”, disse.
As declarações de Bolsonaro foram durante as comemorações do 76°
Aniversário da Brigada de Infantaria Pára-quedista, no Rio de Janeiro.