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"A
culpa não é minha": Bruno Reis atribui o aumento do IPTU à inflação
Questionado por ouvintes da Rádio Metropole, Bruno disse não ser culpado
pelos novos valores, já que o reajuste na taxa está intrinsecamente ligado ao
valor da inflação nos últimos 12 meses
O
prefeito Bruno Reis comentou, nesta terça-feira (9), o aumento na taxa do Imposto sobre a Propriedade Predial
e Territorial Urbana (IPTU) em Salvador. Questionado por ouvintes da Rádio
Metropole, Bruno disse não ser culpado pelos novos valores, já
que o reajuste na taxa está intrinsecamente
ligado ao valor da inflação nos últimos 12 meses.
O
prefeito relembrou que a inflação de 2021 foi a maior desde a implementação do
plano real, em 1994, ultrapassando a casa dos dois dígitos. "Nós tínhamos
20 anos sem inflação de dois dígitos. Quando muito chegou a 7% e esse ano,
infelizmente, por conta da questão econômica que o país está enfrentando e por
conta da pandemia, chegou a 10,74%", explicou Bruno, o valor da inflação
foi o mesmo reajustado na taxa de IPTU de Salvador.
Bruno
disse ainda que o aumento poderia ser maior se a prefeitura tivesse refeito o
cálculo da Planta Genérica de Valores da cidade, que considera o ajuste do
valor venal dos imóveis ao seu valor real.
Para
os próximos anos, a expectativa é de que a turbulência econômica tenha passado
e o reajuste volte à porcentagem acostumada pelos soteropolitanos.
Com
relação à taxa de lixo, também motivo de muito questionamento por parte dos
ouvintes, Bruno Reis disse que o aumento foi feito para que a taxa se
readequasse a uma nova legislação. Segundo ele, uma mudança no marco
legislatório do saneamento prevê que os cidadãos custeiem o custo da limpeza da
cidade.
"Esse
custo passa dos R$ 500 milhões e nós arrecadavamos cerca de R$ 150 milhões. Nós
tínhamos que fazer alguma atualização", considerou. O novo valor assustou
algumas pessoas. Em casas em que é cobrado a menor taxa, de R$ 66 - segundo o
prefeito, a maioria da população paga esse valor -, o custo subiu para R$ 99.
Já quem pagava R$ 400, passou a pagar R$ 600 e aqueles que pagavam o maior
valor, moradores dos bairros mais ricos, pagavam R$ 800 e passaram a pagar R$
1,2 mil.
O aumento significa, respectivamente, que as famílias estão
pagando R$ 8, R$ 50 e R$ 100 por mês. "Esse valor é para todo dia fazer a
coleta na sua casa, levar para estação de transbordo, de lá para o aterro, daí
ser tratado o resíduo, depois dar destinação a esse resíduo", justificou o
prefeito.