
divulgação (Foto: Jefferson Peixoto/Secom)
Bahia tcompleta dois anos de vacinação contra a Covid-19 com redução de
66% no número de mortes
Até o momento, 35 milhões de doses já foram
aplicadas no estado
A Bahia completa, nesta quinta-feira (19), exatos dois anos das
aplicações das primeiras doses da vacina contra o coronavírus. Em 19 de janeiro
de 2021, uma enfermeira, uma idosa, um médico e uma indígena foram imunizados
com a Coronavac, dando início a uma longa caminhada contra o tempo para salvar
vidas. Desde então, o Estado observou uma redução de 66% no número de mortes
pela doença.
Em 2020, a Bahia registrou 10.287 mortes, enquanto em 2022, após
o avanço da vacinação, o número caiu para 3.487 óbitos. Na avaliação da
secretária de Saúde da Bahia, Roberta Santana, a queda só foi possível graças à
massificação da imunização, aliada às medidas de enfrentamento adotadas pelo
Governo do Estado desde os primeiros dias da pandemia.
"Investimos mais de R$ 2,2 bilhões durante a pandemia para
garantir a estrutura necessária para salvar a vida de milhares de baianos, com
ampliação e reforma de unidades de saúde, instalação de um hospital de campanha
na Arena Fonte Nova, além do Hospital Metropolitano. Isso tudo exemplifica a
grande reunião de esforços em prol de salvar vidas. Hoje, não temos dúvidas
sobre a eficácia da vacinação nesse controle. Desde quando as doses começaram a
ser aplicadas, as taxas de internações e mortes decorrentes de complicações da
Covid-19 caíram de forma considerável", analisa.
Já a diretora da Vigilância Epidemiológica do Estado, Márcia São
Pedro ressalta que a queda progressiva de óbitos teve segmento mesmo diante das
novas subvariantes mais transmissíveis, como a Ômicron, garantindo o índice de
segundo estado com menor mortalidade do país.
"A vacinação foi um divisor de águas na pandemia. Tínhamos
um cenário devastador e percebemos uma situação completamente diferente após o
início da aplicação. Apesar de termos tido um número maior de casos em 2022
quando comparado a 2020, registramos uma redução de mortalidade de mais de 66%.
Então, o sentido da vacinação é claro. Ela não garante que a pessoa não vá se
contaminar, mas o risco de agravamento e morte será muito menor se você estiver
com o esquema vacinal completo", explica.
Doses
aplicadas
Em dois anos, mais de 35 milhões de doses dos imunizantes contra
a Covid-19 foram aplicadas em todo o estado e, para viabilizar o processo, uma
grande estrutura logística precisou ser montada, tornando a Bahia referência em
todo o país, como explica a coordenadora do Programa de Imunização da Sesab,
Vânia Rebouças.
"A luta era intensa e não podíamos perder tempo. Contamos
com o apoio da Casa Militar e Diretoria de Aviação Civil e iniciamos uma
logística de distribuição aérea imediata dessas doses recebidas. A ideia era
fazer com que todos os 417 municípios pudessem receber esses imunizantes em
tempo recorde e essa logística foi complementada por um esquema terrestre. Foi
assim que a Bahia se destacou e foi classificada como um dos estados exemplo na
logística de distribuição dos imunizantes. Até o momento, nós já aplicamos mais
de 35 milhões de doses e seguimos trabalhando para levar a vacina para todos os
baianos", afirma.
Para garantir o armazenamento dos imunizantes, foram adquiridos
234 câmaras frias e 70 freezers, com capacidade de armazenamento de 3,5 milhões
de doses de vacinas, 30 ultrafreezers com capacidade de resfriamento de -86°
para armazenar vacinas da Pfizer, e aproximadamente 40 milhões de seringas e
agulhas. No Laboratório Central de Saúde Pública Professor Gonçalo Muniz
(Lacen/BA), foram investidos mais de R$ 20 milhões na expansão e renovação do
espaço com aquisição de máquinas e equipamentos, possibilitando o aumento das
análises de amostras e tornando o Lacen referência nacional no sequenciamento
genético de amostras do vírus.
A
diretora do Lacen-BA, Arabela Leal lembra que, além dos investimentos para
aquisição de equipamentos, a contratação de mão de obra qualificada garantiu
eficiência nas análises de biologia molecular, recepção e triagem das amostras.
"O Lacen passou a funcionar 24 horas por dia, durante todos os dias da
semana, utilizando toda a sua capacidade operacional instalada e aumentando sua
produção em mais de 1000%. Saímos de uma média de produção de 400 exames por
dia para mais de 5 mil", pontua.