
divulgação (Foto: Agência Brasil/Valter Campanato)
Minas Gerais registra primeiro caso de gripe aviária em pato
Caso é de influenza aviária de baixa
patogenicidade, diz ministério
O estado de Minas Gerais registrou seu primeiro caso de gripe aviária. O vírus foi encontrado em um
pato de vida livre da espécie Cairina moschata, na cidade de Pará de Minas. Em
nota, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) destacou que se trata de um
caso de influenza aviária de baixa patogenicidade (H9N2), que geralmente causa
pouco ou nenhum sinal clínico nas aves.
Em nota, a pasta detalhou que a detecção de um novo subtipo do vírus não
tem relação com os focos confirmados de alta patogenicidade (H5N1) em aves
silvestres nos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul,
que podem causar graves sinais clínicos e altas taxas de mortalidade.
"Não requer a aplicação de medidas emergenciais e não compromete a
condição do Brasil como país livre de IAAP [influenza aviária de alta
patogenicidade]".
"O Mapa reforça que a influenza aviária de baixa patogenicidade não
é uma doença de notificação obrigatória à Organização Mundial de Saúde Animal
(OMSA) e não traz restrições ao comércio internacional de produtos avícolas
brasileiros".
Subtipos
Ainda segundo a pasta, os diversos subtipos do vírus da influenza
aviária podem infectar esporadicamente outras espécies, como mamíferos,
incluindo pessoas. Os casos de infecção humana, entretanto, são considerados
esporádicos e relacionados à exposição sem proteção adequada às aves doentes,
não havendo registro de transmissão entre humanos.
"Evidências de presença de outros vírus de influenza aviária de
baixa patogenicidade já foram encontradas no Brasil anteriormente. Esses vírus
circulam normalmente em populações de aves silvestres, principalmente as
aquáticas, em todo o mundo, causando doença leve ou assintomática em aves
domésticas e selvagens."
O ministério alerta que o contato direto com aves doentes ou mortas deve
ser evitado. Todas as suspeitas de influenza em aves domésticas ou silvestres,
incluindo a identificação de aves com sinais respiratórios ou neurológicos
devem ser notificadas ao órgão estadual de saúde animal ou à Superintendência
Federal de Agricultura e Pecuária.
Novos focos
Na quinta-feira (1º), foram confirmados mais seis focos de influenza
aviária de alta patogenicidade (H5N1) no país, totalizando 19 confirmações de
focos em aves silvestres no Brasil.
Dentre os seis casos recentes, quatro foram identificados no Espírito
Santo, sendo três no município de Marataízes - nas espécies Thalasseus
acuflavidus (trinta-réis de bando), Thalasseus maximus (trinta-réis-real) e
Nannopterum brasilianum (biguá) - e um no município de Guarapari - Thalasseus
acuflavidus (trinta-réis de bando).
Os outros dois casos
recentes foram identificados no Rio de Janeiro, ambos na espécie Thalasseus
acuflavidus (trinta-réis de bando). Informações da Agência Brasil.