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Trump
defende veto a estudantes estrangeiros em Harvard
Presidente dos
EUA critica presença de alunos de países "nada amigáveis" e exige
mais transparência da universidade
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu neste
domingo (25) a medida de sua administração que impede a matrícula de estudantes
estrangeiros na Universidade de Harvard.
"Por que Harvard não diz que quase 31% de seus alunos são
de países estrangeiros, e ainda assim estes países, alguns nada amigáveis com
os Estados Unidos, não pagam nada pela educação de seus estudantes, nem têm a
intenção de fazer nunca isso?", disse Trump em sua plataforma Truth
Social.
A decisão, implementada na
quinta-feira (22) pela secretária de Segurança Nacional, Kristi Noem, revogou a
autorização de Harvard para matricular estudantes internacionais, ameaçando o
futuro de milhares de alunos e os recursos que eles injetam na instituição.
Noem justificou a medida alegando que a universidade se recusou a fornecer
informações sobre "atividades ilegais e violentas" de titulares de
visto.
Harvard contestou a ação
judicialmente, e na sexta-feira (23), a juíza federal Allison Burroughs
suspendeu temporariamente a revogação da certificação do Programa de Estudantes
e Visitantes de Intercâmbio (SEVIS), permitindo que a universidade continue a
matricular alunos estrangeiros até uma audiência preliminar marcada para 29 de
maio.
A medida provocou reações
internacionais. A Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong ofereceu-se
para aceitar incondicionalmente os estudantes afetados, facilitando trâmites de
visto, transferências acadêmicas e alojamento.
Críticos argumentam que a ação
do governo Trump fere a imagem dos Estados Unidos como destino educacional
global e pode desencorajar talentos internacionais de buscar oportunidades no
país.
A disputa entre a administração
Trump e Harvard reflete tensões mais amplas sobre imigração, segurança nacional
e o papel das universidades na sociedade americana.